16/07/2009

Queimadas da Madeira

Alberto João Jardim já há muito que deixou de me surpreender. Hoje fez vender mais umas páginas de jornais e ocupou mais uns largos minutos nas emissões notíciosas de rádio e televisão.
Não conheço na totalidade a proposta de lei do PSD/M para uma alteração à Constituição da República Portuguesa.
Mas do pouco que li trata-se de mais uma acha para a fogueira, isto é, mais um reacender do "discurso da autonomia" - afinal, AJJ só tem a ganhar com o inflamar das relações entre o continente e o arquipélago da Madeira.

A proibição do comunismo na Constituição foi a parte que mais levantou poeira na comunicação social. Esta proibição que mereceu todo o destaque da imprensa acabou ofuscar propostas de alteração bem mais perigosas para a democracia como, por exemplo, a eliminação da figura do "representante da República" (que responde única e exclusivamente ao Presidente da República) e a criação duma nova figura semelhante a um Presidente da região autónoma com poder alargado e que seria simultaneamente o Presidente do Governo Regional.

Sob as ideias de Democracia e Liberdade (outros conceitos que mais lá para a frente poderei abordar em pormenor) tenta-se implementar um Sistema de Governo com contornos duvidosos. Para AJJ «a Constituição não deve ter proibições, entre as quais as de ideologias».
Pergunta: Quere-se realmente "fechar a porta" ao comunismo ou "abrir-se a porta" às ideologias proibidas constitucionalmente?
É uma resposta difícil (ou não) e a quem caberá dar a primeira resposta é a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite.

É importante não confundir o conceito "comunismo" com estalinismo, trotskismo ou com os sistemas de governo auto-denominados comunistas como o da Coreia do Norte (e outros).

Vou tentar encontrar a proposta lei. Deixarei para mais tarde uma opinião aprofundada.

No entanto há uma certeza: AJJ cumpre as promessas que faz.
Recordo-me que há cerca de um ano atrás (Junho/2008) o Diário de Notícias publicava uma notícia em que AJJ dizia que seria melhor esperar por 2009 «para convidar quem for candidato a primeiro ministro pelo PSD».
Depois de falhar a mítica festa/comício do Chão da Lagoa de 2008, está já confirmada a presença na festa de 2009.
Recordo-me também que há menos tempo a líder do PSD exigia contenção nas festas e por inerência o despesismo, evocando questões morais pelo período que que vivemos.

Hesito...

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