24/03/2013

A parvoíce nunca se engana

«O sentimento que o homem suporta com mais dificuldade é a piedade, principalmente quando a merece. O ódio é um tónico, faz viver, inspira vingança; mas a piedade mata, enfraquece ainda mais a nossa fraqueza.»
(Honoré de) Balzac

Se dúvidas existissem de que Henrique Raposo gosta de pavonear características intrínsecas (suas) como a parvoícearrogância, mentira, mentira (já tinha escrito mentira?), ignorância ou burrice, a parte final do canto da idiotice no Expresso, reservado a este jovem, demonstra o quão energúmeno consegue ser (carreguem em cima da foto para ler melhor).

Um tipo que demorou 3 semanas (3 edições) a admitir que, mais uma vez, tinha dito uma aldrabices sem dizer se se tratou de um engano ou pura fanfarronice por lançar números que desconhecia (também conhecida como ignorância ou incompetência), mas que ao fazê-lo ainda consegue demonstrar um completo desrespeito por uma classe profissional (talvez venha a precisar deles um dia) e uma total assumpção de superioridade (pergunto-me como um tipo que se mostra conseguir ser um tipo rastejante e viscoso - desculpem-me os caracóis e lesmas pela analogia - pode alguma vez ser superior ao que quer que seja... nem em relação às pedras da calçada!).

À pergunta que quase todas as semanas me assola o pensamento só encontro uma resposta: este tipo, que não vale um cêntimo furado, só pode ter uma cunha muito grande (Rui Ramos?) ligada ao Expresso para poder continuar a escrever e publicar tanta asneira, ou, então, esta é uma política do semanário que dá espaço e liberdade de escrita mesmo àqueles que já mostraram que não têm qualquer competência para tal!

... no caso deste tipo, vou abrir uma excepção muito rara e contrariar Balzac: de Henrique Raposo, "coitadinho", tenho pena... muita pena! E este merece-a...

22/03/2013

... e o Rei vai nú!


«Por mais reduzida que seja a virtude que possuímos, julgamos sempre possuir bastante
Aristóteles

Diz-se que para fazer andar um asno, basta que se lhe acene com uma cenoura... às vezes tendo a concordar.

Sobre o tema do dia, o futuro espaço de opinião de José Sócrates na RTP, só posso dizer que não me surpreende a reacção do PSD e do CDS. Afinal são os mesmos que tentam impor à RTP um programa semanal sobre agricultura.
Quando a linha de orientação (no governo e a na AR) destes partidos roça o autoritarismo e totalitarismo, o "quero, posso e mando", sem respeito pelas regras básicas da democracia e pela lei, nada disto me surpreende.

Não consigo perceber o alarido sobre Sócrates quando no mesmo dia é anunciado Morais Sarmento na mesma condição, de comentador político, o individuo que há uns anos atrás, enquanto ministro de Estado e da Presidência, tentou acabar com a então Alta Autoridade para a Comunicação Social, só porque esta emitiu um parecer negativo sobre uma decisão do governo em relação à reestruturação da RTP (tomá-la de assalto, melhor dizendo) e sobre outros grupos de comunicação social.

Mais engraçado ainda são aqueles e aquelas que disto fazem um burburinho mas têm enormes dificuldades em conseguir apontar um, um só, um único dado concreto e fundamentado das acusações que fazem.

Em vez de tomarem atenção ao que realmente interessa, as pessoas distraem-se com pequenas coisas. Pior é quando as pessoas nem sequer se dão ao trabalho de ter uma opinião própria, pensada e fundamentada, limitando-se a "engolir" ideias já "mastigadas".

Por mim, como comentador político é muito bem vindo.

10/03/2013

Livro: Pela Europa!

Com o título «Pela Europa! Manifesto por uma revolução pós-nacional na Europa», recentemente editado pela Editorial Presença, Daniel Cohn-Bendit e Guy Verhofstadt, actualmente deputados europeus, pretendem mostrar que a defesa por uma Europa Federal pode ser transversal ao espectro político, i.e. da esquerda à direita ideológicas.
Segundo os autores, o inimigo deste passo final em direcção à transformação europeia capacitando a Europa de melhores formas de defesa contra as crises (não só financeiras e económicas) e de melhores meios para a defesa dos seus cidadãos, é o nacionalismo utilizado de forma populista e demagógica. Para eles, os indivíduos são compostos de várias identidades em simultâneo pelo que falando até de uma identidade europeia é incorrer no mesmo erro de falar em identidade nacional.

Um manifesto que deixa alguns pontos interessantes para reflexão e discussão mas incorre no mesmo erro que, frequentemente, os governos nacionais cometem quando julgam que fusão de instituições é sinónimo de redução da despesa e melhoria de serviços.

Um ponto que carecia de maior sustentação é a reorganização das instituições num sistema federal europeu, assim como a eleição dos seus cargos dirigentes.

É, efectivamente, um documento que deve ser lido por aqueles que se interessam pelo tema Europa e que, cada vez mais, está na ordem do dia. Afinal, quer queiramos quer não, somos Europeus!


Sinopse:

«A Europa está em crise. Como chegámos a esta situação? O que é que falhou? Confrontados com tão grande emergência, não estarão os Estados da zona euro prestes a criar um monstro não democrático? Será o euroceticismo reacionário? Conseguirá uma federação de 27 países funcionar eficazmente? Este manifesto é um apelo dirigido à inteligência de cada cidadão. É um exercício de lucidez e uma incitação à reflexão. E é também um grito de alarme. A era das cimeiras vazias e de meras declarações de intenções acabou. Chegou o momento de passarmos aos atos. 
Pela Europa! inclui também uma entrevista dada pelos autores ao jornalista francês Jean Quatremer, um especialista das questões europeias.»

03/03/2013

Existem marcas e, depois, existem as outras

Este blog, habitual espaço para ideias, pensamentos, opiniões e até alguns disparates, habitualmente não é lugar para publicidade, salvo se quisermos considerar publicidade algumas recomendações de livros. Não é e continuará a não ser.

No entanto, porque na era da Sociedade da Informação tropeçamos constantemente em blogs, emails ou vídeos em que o comum cidadão se permite a dar largas e voz à indignação contra algumas marcas e produtos por esta ou por aquela razão de insatisfação, eu, também um comum cidadão, entendo que os mesmos meios podem servir para partilhar as boas experiências mostrando que há marcas e produtos e depois há... os outros.

Lembro-me que a minha primeira esferográfica Parker foi-me oferecida, num Natal, ainda era eu um 'pirralho'. Preta. Personalizada: tinha o meu nome gravado!!

Fiquei fascinado! Tornou-se a minha esferográfica da escola ainda que os meus pais me proibissem de a levar. «É boa de mais para a escola. Podes perde-la ou que te a roubem» diziam-me eles. Eu queria lá saber! Era a minha esferográfica e não podia ser de mais ninguém! Afinal, tinha o meu nome.
Cresci e, sem conseguir precisar quantos, mas uns 25 anos depois, talvez, a esferográfica Parker, cujo modelo não consigo identificar, ainda está comigo! Já não a uso tantas vezes, pois dou-lhe o merecido descanso pelos milhares de linhas que escreveu ao longo de muitos anos, tantos que tem a tinta gasta na zona em que era agarrada pelos dedos, e porque foi ela e o meu tio que despertaram o meu gosto e prazer de escrever com canetas e esferográficas desta marca.
Depois desta tive várias Parker. Umas oferecidas (natais e aniversários) e outras adquiridas.
Tive uma "Big Red" (que para meu azar, esta sim, perdi), "Flighter CT" e "Matte Black Classic" (também desaparecidas), mas as mais comuns são as Jotter's e Vector's, estas ainda a uso. 
Infelizmente nunca tive possibilidade de adquirir modelos de colecção mas passo bastante tempo a admira-los pelo seu design!... Talvez um dia!
Mais recentemente, como prémio pela conclusão de um projecto pessoal foi-me oferecido com um conjunto com uma esferográfica e uma caneta de tinta... Parker (IM Silver CT)!

Depois de muitos anos como utilizador desta marca tive o primeiro problema: uma Vector nova e uma carga de tinta com defeito!... Confesso que fiquei surpreendido: não pelo facto de ser porque a Parker, uma marca de referência, apresentava um produto com defeito mas sim porque tal só sucedeu, comigo, muitos anos depois de ter começado a usar os seus produtos.

E é nestes momentos, em que as coisas não correm tão bem, que se consegue perceber quais são as marcas em quem podemos ou não confiar.

Porque ninguém que forneça produtos ao mercado está imune a situações de defeito, substitui a carga de tinta e decidi informar a Parker do sucedido. Não com a intenção de reclamar o que quer que fosse, mas no sentido apenas de dar a conhecer uma situação que, facilmente, poderia ser sinónimo de decréscimo da qualidade de mais de 125 anos! Infelizmente, é comum, nos dias que correm, verificarmos que empresas procuram reduzir os custos de produção em detrimento da qualidade do produto final.
Sinceramente, com base em experiências anteriores, não esperava qualquer resposta. Mas para surpresa minha, o meu email teve uma resposta. Uma resposta de alguém que representa uma empresa que não ignora os seus clientes e se dispôs, rapidamente, a corrigir a situação mesmo sem que isso lhe tivesse sido solicitado. A Parker e a Newell Portugal Lda (que, curiosamente, também representa a Paper Mate, outra marca que uso com frequência), mostraram-me, assim, que ainda existem marcas sérias para quem a qualidade dos seus produtos e a satisfação dos seus os clientes são importantes.

Se até hoje era consumidor e utilizador de produtos Parker, depois deste simpático episódio tenho a certeza que posso continuar a confiar na marca por muitos mais anos!
Se este é o serviço pós-venda que a Parker e a Newell Portugal Lda disponibilizam, então esta é uma marca da qual vale a pena ser cliente! Recomendo!!

Há, por isso, marcas e marcas!
Related Posts with Thumbnails