Portugal vivia uma Ditadura e o impulso necessário para que a situação do país sofresse uma alteração dá-se em 13 de Julho de 1973 com a aprovação do Decreto-Lei 353/73 onde era permitida a passagem ao quadro permanente de oficiais milicianos.
Os movimentos clandestinos dos oficiais que se sentiam prejudicados com esta medida do Governo começaram pouco tempo depois. A esse sentimento de insatisfação juntou-se o mal-estar que a Guerra Colonial causava junto dos militares e do povo. E rapidamente, os militares remetem para segundo plano o Decreto-Lei 353/73 assumindo a guerra em África como o aspecto primário no objectivo da vontade de mudança de regime.
O “Movimento dos Capitães” discutiu pela primeira vez, em S. João do Estoril, a hipótese de um Golpe de Estado para derrubar o regime. A primeira tentativa de Golpe de Estado ocorre em 16 de Março de 1974 a partir das Caldas da Rainha acabando por falhar. Esta revolta foi liderada por militares afectos ao General António de Spínola que havia sido demitido das funções de vice-chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, conjuntamente com o General Costa Gomes que exercia o cargo de Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, alegadamente por não terem estado presentes numa cerimónia que visava apoiar o regime.
Na noite de 24 para 25 de Abril pôs-se em marcha uma nova acção militar para tentar derrubar o regime e desta vez com sucesso, chegando mesmo a ocorrer confrontos com tropas contra-revolucionárias.
O Presidente da República e o Governo foram destituídos no dia 25 de Abril pelo MFA [1] que liderou a revolução, e colocou no poder a Junta de Salvação Nacional presidida pelo General António de Spínola.
[1] Este movimento foi inicialmente baptizado de “Movimento dos Capitães” e assumiu as rédeas da Revolução de 1974. Após o Golpe de Estado adoptou oficialmente o nome de “Movimento das Forças Armadas”.
E foi esta a senha para o arranque na noite de 24 de Abril...
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25/04/2010
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