Parece começar a tornar-se evidente o vazio de propostas no PSD de Pedro Passos Coelho.
Já o tinha escrito aqui e aqui. Agora é Constança Cunha e Sá que o escreve no Correio da Manhã:
«Chega a ser comovente verificar como, de um momento para o outro, a revisão urgente da Constituição, a principal prioridade anunciada pelo novo líder do partido, se transformou numa espécie de imperativo nacional e de preâmbulo necessário às muitas reformas que o PSD tem na manga.
[...]
Quando se esperava que o PSD, depois de deixar cair, como foi amplamente referido no Congresso, os "ataques pessoais" ao engº Sócrates, se centrasse no estado calamitoso em que se encontram as finanças públicas e a economia nacional, eis que o dr. Passos Coelhos tira da cartola uma revisão constitucional que tem o condão de não resolver nenhum dos principais problemas do país.
[...]
o novo PSD do dr. Passos Coelho é um partido de "esperança" que dispensa discursos "derrotistas" e prefere apresentar as suas próprias propostas. E, como ainda não as tem, elege como prioridade a revisão da Constituição.»
E não aceito que me digam que Portugal tem que esperar mais umas semanas ou meses para começar a ver essas propostas. É que, e não podemos esquecer, o novo presidente do PSD andou dois anos a preparar-se para assumir o cargo de presidente do PSD.
Quase que sou obrigado a presumir (espero que erradamente) que andou dois anos a montar única e exclusivamente uma campanha de marketing - e isso pode ser suficiente para o PSD mas não para Portugal!
O artigo no CM aqui.
13/04/2010
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