05/03/2010

Uma análise do estado da Justiça

Vejo nestas palavras de Garcia Pereira uma análise muito coerente e sóbria do estado da Justiça portuguesa.





Parece-me ser urgente uma ponderação séria e cuidada por todos os agentes judiciais para que o actual rumo da nossa Justiça, um pilar fundamental em qualquer Estado democrático, possa embicar, definitivamente, no caminho certo.

2 comentários:

  1. Um abraço de amizade ao Pedro...
    Site da RTP, dia 19 de Fevereiro de 2010, programa Antes pelo Contrário. Convém contar a história toda. Bagão Félix: "(...) do ponto de vista político estamos perante uma questão fundamental que mina a confiança que é a base de qualquer sociedade ... Nixon renunciou ao mandato não por ter cometido um crime, mas por uma questão de ética, uma questão fundamental (...); é habitual dizer-se à justiça o que é da justiça, e à política o que é da política... e eu acrescento: e à ética tudo o que é da política, da justiça e de tudo o que é da nossa vida." Garcia Pereira nem tugiu.
    Vamos repensar tudo e mais alguma coisa, incluindo a justiça. Mas chega de insultar a inteligência das pessoas...., olhem, sugiro que comecem, por exemplo, pelo seguinte: quem faça as leis, que saiba, pelo menos, a diferença entre direitos fudamentais, direitos humanos, valores éticos e morais, princípios jurídicos e garantias constitucionais. O deputado ou governante que não saiba dissertar sobre o básico do processo de criação de uma lei, deveria dedicar-se a outras coisas menos legislar. Construir pontes, auto-estradas, assinar projectos urbanísticos, apresentar estudos económicos, etc... Chama-se a isto: cada macaco no seu galho.

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  2. Meu querido amigo Paulo.
    Tenho de fazer uma "declaração de interesses": a ideia que tenho do Sr. Félix é que é uma pessoa do estilo "olha para o que eu digo e não para o que faço". Por isso o que ele diz entra-me a 100 e sai-me 250!

    Mas ainda assim, o que ele fez, e depois do que disse Garcia Pereira (e muito bem, volto a dizer) foi o que fez e faz uma serie de gente que me parece que não consegue discernir o que é política e o que é justiça misturando-as. O que ele disse,parece-me, é uma contradição clara ao que defende: «à justiça o que é da justiça, e à política o que é da política».

    É curioso ouvi-lo do alto da sua pseudo-superioridade moral ali, na RTP, e uma vez por semana na Antena 1. E nunca ele conseguiu fazer essa separação: «à justiça o que é da justiça, e à política o que é da política».

    Nas suas análises faz política com a justiça. Infelizmente não é caso único. Os jornais e o parlamento estão cheios.

    100% de acordo: «O deputado ou governante que não saiba dissertar sobre o básico do processo de criação de uma lei, deveria dedicar-se a outras coisas menos legislar.»

    Um abraço

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