27/02/2010
Quem disse foi: Basílio Horta
«Agora estamos mesmo a passar um período que, se não é loucura, é muito próximo dela. Mais grave do que loucura é haver alguma inconsciência. Já não falando no Estado de Direito, qualquer Estado se baseia no mínimo respeito pelas instituições. E o que está a acontecer em Portugal, nesta altura, é que o primeiro-ministro é objecto, na Assembleia e fora dela, de ataques pessoais.»
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«E temos em carteira investimentos importantes, espero que não sejam prejudicados com este tipo de imagem externa que estamos a dar. Já começámos a ser prejudicados no 'rating' da República. E discursos dizendo que Portugal não é um Estado de Direito no Parlamento Europeu, na presença de jornalistas de todo o mundo, não ajuda nada no nosso trabalho, nem o país.»
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«O senhor primeiro-ministro não é arguido, não é testemunha, não é nada. A análise e críticas políticas não se podem basear permanentemente num ataque pessoal.»
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«Se os partidos da oposição não querem substituir o primeiro-ministro, então respeitem-no.»
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«O que era importante era que se houvesse alguma iniciativa para estabilizar, que lhe desse um horizonte, que fizesse o Governo preocupar-se a 90%, para não dizer a 100%, com os negócios de Estado e não perdesse tempo com críticas e ataques que têm a ver com a actuação política das pessoas, que resulta de meios de legitimidade duvidosa.»
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«A fase que estamos a viver é atípica. Se o Governo não tivesse lançado um plano de apoio às empresas teríamos um problema gravíssimo.»
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(E agora para desmistificar algumas afirmações de líderes políticos)
«O que está previsto é inteligente. Ou seja, o crédito é dado [a empresas com dívidas] uma parte para pagar a dívida e outra para a empresa. Ou seja, o Estado não abdica de cobrar o que lhe é devido mas não inviabiliza a empresa de ter o seu crédito.»
O resto da entrevista (muito interessante) ao presidente da Associação para o Investimento e Comércio Externo de Portugal pode ser lida na edição de sábado do Diário Económico (no suplemento Outlook)
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