Já o disse antes, desde a primeira hora, e reitero-o ainda com maior convicção: Sampaio da Nóvoa, de todos os candidatos a Presidente da República, é aquele mais capaz e com o melhor perfil para responder às exigências que se adivinham no exercício do cargo nos próximos anos.
Cavaco Silva tem todas as condições para ficar na história de Portugal como aquele que pior exerceu o cargo de Presidente da República, a par de Presidentes fantoches do antigo regime. Mas esta entrada negra na história está seriamente ameaçada pelo candidato Marcelo Rebelo de Sousa.
Cavaco Silva foi um muito mau Presidente da República, mas Marcelo, a ser eleito, por tudo aquilo que é e tem-no demonstrado ao longo de mais de 41 anos - contador de estórias, criador de factos através da mentira, incoerente nas suas posições e com uma séria tendência para se desresponsabilizar culpando os outros (os tais "barões do partido"), enfim, talvez como alguém da sua área política o caracterizou, um "cata-vento", será muito pior e mais perigoso politicamente.
A Cavaco Silva conhecia-se uma linha política e uma ideologia. Fixo de ideias, no cargo sempre foi previsível. De Marcelo Rebelo de Sousa o que se conhece é que segue sempre uma linha curva volátil que se orienta conforme o momento, mesmo que esta siga o sentido contrário ao que já tenha seguido antes.
Se por muito azar a escolha (desinformada) dos portugueses recair em Marcelo Rebelo de Sousa, Portugal corre enormes e sérios riscos: democrático (no sentido da estabilidade) e social.
Portugal precisa de virar mais uma página negra da sua história. Uma página maldita com 10 anos ininterruptos.
Este é o momento certo para o fazer. Só se não quiser. E os arrependimentos, quase sempre, não servem para reconstruir aquilo que ficou despedaçado.
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