Um trabalho que aborda aquela que deveria ser a globalização paralela à económica: a cultural.
Baseia-se num triângulo de conceitos "identidade - cultura - comunicação" que estão na base duma coabitação cultural que vai mais além das redes de informação e tecnológica.
Um tema interessante e que, quando confrontado com os recentes acontecimentos relacionados com a emigração e o multi-culturalismo, pode colocar algumas questões à Europa como a conhecemos actualmente.
Sinopse:
Com a abertura das fronteiras, a televisão, a democratização das viagens e, mais recentemente, a Internet, o mundo ter-se-á transformado numa gigantesca «aldeia». Pelo menos, isto é o que pretendem fazer crer algumas indústrias da comunicação que são agora mais poderosas do que nunca: seríamos todos «cidadãos do mundo», com múltiplas ligações, capazes de assimilar as mais diversas heranças, constituindo alegremente uma espécie de cultura globalizada.
Nada mais vão do que esta pretensão cosmopolita. Para enfrentarmos um mundo cada vez mais aberto e, portanto, mais incerto, precisamos, pelo contrário, de estar confiantes na nossa identidade, preparados para nos confrontarmos com outros valores. Em suma, ter raízes. Não é por o Outro ser hoje mais acessível que ele é mais compreensível; é exactamente o contrário. Quanto mais visíveis são as nossas diferenças, mais tensões elas criam. Curiosamente, enquanto observamos à lupa a globalização económica, esquecemo-nos de pensar esta «outra globalização» da qual dependem, porém, a paz e a guerra futuras.
Em que condições, portanto, organizar a nível mundial uma coabitação de culturas?
Esta é a questão central deste livro e, para Dominique Wolton, uma das principais questões políticas dos nossos dias. Num sentido contrário às ideias admitidas, o autor avança propostas surpreendentes.
Já tinha,faz tempo,observado esse livro na biblioteca mas só agora (Agosto de 2016) estive a ler com mais atenção(em especial as partes da globalização política e cultural).Daí ter pesquisado pelo livro na net e ter encontrado este seu post,nunca é tarde para conhecer pois não? (eu tenho alguns blogs onde exponho alguns aspectos da dita globalização,em especial no que respeita a certas elites que manobram por trás dos poderes aparentes).
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