17/07/2009

Ainda as queimadas da Madeira

Esta manhã, como em todas as outras, a caminho do trabalho acompanhava-me o Rádio Clube Português e o programa minuto a minuto (para mim o melhor programa matinal!!).
Entre as várias rúbricas de grande interesse, prestei alguma atenção à Entrevista do dia, hoje com o deputado do PSD/M na AR, Guilherme Silva.

Tinha alguma curiosidade em ouvir alguém do PSD falar sobre a referida proposta de alteração constitucional.

Ouvi a entrevista e registei algumas frases como «não há nada que proíba partidos comunistas», «não há nenhuma referência ao comunismo articulado» ou que esta proposta «não tem nenhuma referência ao comunismo». E ainda que esta proposta estabelecia alguns «reforços democráticos».
Até aqui nada de novo. Tudo em consonância com o que o líder do PSD/M, AJJ, havia "esclarecido" aos jornalistas para quem nas ideologias totalitárias «cabem os fascismos de direita e os fascismos de esquerda».
Nova evidência da utilização de conceitos completamente retirados do contexto: desconhecimento ou propósito?

A surpresa veio mais tarde, quando procurava a proposta de lei para a poder ler e retirar as minhas próprias conclusões. Encontrei a indicação de que no dia 22 o Diário de Notícias publicará o texto na íntegra.
No entanto deixa uma nota introdutória, aparentemente, extraída do documento. Novo travão na tão aclamada recuperação da imagem da classe política.

Ao que parece o Ponto VII, Outras Alterações, é onde se propõe o «esclarecimento de que a Democracia não deve tolerar comportamentos e ideologias autoritárias e totalitárias, não apenas de Direita, como é o caso do Fascismo como vem a ser o caso do Comunismo»

Afinal há ou não há «referência ao comunismo» nesta proposta?



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