22/07/2013

Livro: Não vos rendais!

O que mais prazer me dá na leitura de um livro é identificar-me com aquilo que leio. E este é um livro onde me identifico praticamente da primeira à última página. Stéphane Hessel em "Não vos rendais!", à semelhança de outro ensaio por si escrito ("Indignai-vos!"), em poucas páginas expõe de forma muito simples os problemas com que se deparam hoje os cidadãos e a própria União Europeia.

Hessel neste pequeno livro que apela à irresignação, entre outras coisas, aponta como uma das soluções para a credibilização da política e dos partidos políticos a participação dos cidadãos nos fóruns políticos e nas estruturas partidárias. Com essa forma de acção política, com a qual concordo e defendo, os cidadãos estarão posicionados para contribuírem positivamente e activamente para a mudança que tanto se pede e exige.
"Não vos rendais!" é um livro que, seja qual for a conjuntura, deveria ser de leitura obrigatória.

Sinopse:

O mundo como o conhecemos corre o risco de perecer. «Na crise actual», diz Stéphane Hessel, «está em jogo a sobrevivência das conquistas sociais alcançadas nas últimas décadas. O Estado- Providência, os direitos básicos dos cidadãos e dos trabalhadores, o direito à saúde e à educação, a liberdade de imprensa… tudo isto está hoje ameaçado pelo poder insolente do dinheiro e da ditadura dos mercados.» 

Stéphane Hessel foi a voz que, graças à publicação do livro-manifesto Indignai-vos!, deu nome ao movimento dos indignados um pouco por todo o mundo. Inspirado pelo movimento que ele próprio inspirou - e que viu como «um sinal de que há seiva nova para revitalizar o corpo social» -, lança neste seu testamento político um fervoroso chamamento para que não cedamos perante a fatalidade, para que nos comprometamos e actuemos, convencido de que a indignação não basta e que é preciso agir para derrubar a oligarquia e reivindicar a verdadeira democracia. 

Com a lucidez e a sabedoria que conquistou por ter sido actor de primeira linha no conturbado século XX, Hessel apela à insurreição das consciências e à mobilização pacífica mas concertada, com vista a gerar a metamorfose necessária e reconstruir o futuro da Europa. Pois «será da Europa - que é o mesmo que dizer de nós próprios - que deverá surgir a luz que nos conduzirá à saída do túnel. É a nossa responsabilidade.»

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