04/05/2011

Sem Opção e Apenas Uma Saída!


No seu artigo de opinião («Sem Opção ou Sem Saída?») no semanário Expresso desta semana (30.04.2011), Miguel Sousa Tavares escreve:

«[...] Passos Coelho não tem ideias, nem programa, nem equipa para governar Portugal. Não ter ideias é grave politicamente mas não o é eleitoralmente: o PSD sempre se caracterizou por não ter ideologia [...]
Isso de não ter uma ideologia ou mesmo não ter apenas meia dúzia de ideias sobre o futuro de Portugal não é nada de estranho no PSD nem nada de grave para as ambições de Passos Coelho. Já não ter equipa pronta a pegar nisto é mais grave e preocupante. Passos Coelho não tem equipa: uns porque não quiseram, outros porque ele os deixou de fora (como nas listas para deputados), outros porque não são apresentáveis. É o resultado das "directas" e do caciquismo autárquico que assume um papel determinante num partido afastado do poder governativo mas com uma forte implantação local. [...] Para agravar as coisas, ele também não tem programa. E isso é verdadeiramente imperdoável. [...]
Sem ideias, sem programa e sem equipa, este PSD vencedor antecipado achou que lhe bastaria cavalgar a onda de revolta contra Sócrates e fingir que, nem agora nem depois, tem alguma coisa a ver com o resgate da dívida pública portuguesa e a negociação com os que nos vão emprestar dinheiro para não falirmos.»

O que MST escreve é o que está à vista de todos. É demasiado evidente este vazio de ideias e de pessoas no actual PSD. É mau para o PSD, é mau até para o PS e, acima de tudo, é mau para o país.
Quem tem conseguido capitalizar toda esta desorientação no PSD, motivada pela busca sôfrega pelo poder, é o CDS e Paulo Portas, que sabe perfeitamente que um PSD fraco representa um CDS mais forte. Ele sabe-o e tem, além do seu natural populismo e demagogia, aquilo que falta ao PSD e que MST poderia no seu texto resumir a uma única palavra: estratégia.

Está à vista de todos que ao PSD, mais do que ideias, programa ou equipa, necessita duma estratégia. Uma estratégia política para o partido e para o país.

E a atitude do PSD que MST descreve mais à frente, porque «julga que assim, apresentando ao país um panorama ainda mais negro, aumentam as suas hipóteses de derrotar Sócrates em 5 de Junho», não passa duma tentativa de agitar aguas turvas para disfarçar o mal de que padece.

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